Saúde
Semana de Aleitamento Materno defende planeta mais saudável

A Semana Mundial de Aleitamento Materno acontece de 1º a 7 de agosto deste ano com o tema “Apoie a amamentação para um planeta mais saudável”, definido pela Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, em inglês). Em Valinhos, o incentivo ao aleitamento materno é um trabalho contínuo, que tem início ainda na gestação, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Durante a semana, as UBSs vão reforçar a importância da amamentação orientando as famílias sobre a fundamental participação de todos nesse processo.
Desde a gestação, o incentivo ao aleitamento materno é realizado a todas as grávidas atendidas nas UBSs. Esse trabalho é desenvolvido pelo Programa de Incentivo ao Parto Natural e Aleitamento Materno (conhecido como grupo de gestantes). É um trabalho contínuo, que se estende na consulta de revisão pós-parto e nos atendimentos pediátricos. Toda a equipe da UBS serve como apoio à mulher que amamenta.
No ano passado, o programa contou com a participação de 943 mulheres em 181 grupos de gestantes realizados na 13 UBSs de Valinhos e no Centro de Atenção à Mulher. (CAM). Este ano, devido à quaretena provocada pelo coronavírus, as reuniões dos grupos foram suspensas, mas as gestantes continuam a receber orientações durante todo o processo de pré e pós-parto.
O tema escolhido para a semana de aleitamento deste ano está relacionado com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, plano de ação para pessoas, planeta e economia, sem destruição da natureza. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) irão orientar programas de desenvolvimento para os próximos anos na Agenda 2030.
Há 17 metas que se aplicam a todos os países, abrangendo questões amplas, como as alterações climáticas e redução da pobreza. A amamentação faz parte do Objetivo 1, acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; do Objetivo 2, acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição, e promover a agricultura sustentável; e do Objetivo 10, reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
A prática da amamentação, que ocorre desde a criação da humanidade, não tem custos para a família, não polui, economiza água, protege a camada de ozônio e ainda gera riqueza intelectual, um bem de extrema preciosidade para a humanidade.
Fica evidente o papel do aleitamento materno na redução da pobreza, baseado em fatos observados quando crianças são amamentadas por pelo menos seis meses. Elas apresentam melhor capacidade de aprendizado, maior sucesso no trabalho na vida adulta, contribuindo assim para a redução de perdas econômicas na sociedade.
Como as crianças amamentadas com leite materno ficam menos doentes, há redução dos custos associados a tratamento médico. A amamentação é um dos poucos comportamentos positivos em saúde mais prevalente nos países de baixa e média renda do que nos países de alta renda. Na ausência de amamentação, a desigualdade em saúde, sobretudo a mortalidade infantil, seria ainda maior.
A Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno 2020 defende que o aleitamento materno é insuperável. A Aliança esclarece que mesmo mães com covid-19, mas em bom estado geral, podem e devem manter a amamentação, porque o leite materno transfere anticorpos para o bebê. Basta higienizar bem as mãos e utilizar máscara durante a amamentação.
A Aliança enfatiza que é fundamental a conscientização da importância do papel que a amamentação desempenha para garantir o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência de todas as crianças ao redor do mundo. Promovendo o aleitamento materno exclusivo por 6 meses e continuado até 2 anos ou mais, todos estarão protegendo as crianças por toda a vida e contribuindo para um mundo com menos desigualdades.


