Saúde
Vírus da gripe sofre mutações constantes
Da redação
A vacina contra a gripe está disponível na rede privada e na próxima semana a Campanha Nacional de Vacinação tem início na rede pública. Segundo o Ministério da Saúde neste primeiro momento a imunização será destinada as pessoas mais vulneráveis.
O vírus influenza A H3N2, é tido como o principal neste ano já que determinou milhares de casos com complicações e óbitos em países do hemisfério norte, durante a temporada de inverno 2017-2018. O H1N1 não deixou de existir, porém após a pandemia ocorrida em 2009, o vírus se tornou menos agressivo, mas ainda causa complicações de gripe nos países da América Latina e Sudeste Asiático.
O H3N2 acarretou 64 mil casos de gripe nos Estados Unidos entre 2007 e 2018, mas no Brasil, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, até março de 2018 o vírus A H1N1 ainda tem sido o mais frequente, seguido do A H3N2 e dos vírus influenza B.
Todos os vírus influenza têm a capacidade de sofrerem mutações constantes, ou seja, seu genoma pode se modificar parcialmente a cada 3 meses e totalmente a cada 3 anos. Dependendo dessa mutação, ele pode se manifestar de forma menos ou mais agressiva.
De acordo com a Dra. Maria do Carmo, Responsável Técnica pela Clínica de Vacinas Imunity, a vacina contra a gripe é ainda o melhor recurso para a proteção contra a doença e já é utilizada há 18 anos. “Resultado de muita pesquisa e reconhecidamente eficaz e segura, pode ser administrada em todas as pessoas a partir dos 06 meses de idade”, assegura a doutora.
Atualmente, existem vacinas contra gripe compostas de 4 vírus (utilizada na rede privada) também de 3 vírus (padronizada na rede pública). Ambas são eficazes contra as principais influenzas que incidiram entre 2017 e 2018, ou seja, o A H1N1 e o A H3N2.
Dra. Maria, destacou ainda que a vacina da gripe composta de 4 vírus inativados (mortos), também conhecida como vacina quadrivalente, oferece proteção contra os vírus influenza A H3N2, A H1N1 e dois subtipos de vírus influenza B (estes vírus B têm sido os principais determinantes de complicações da gripe em crianças pequenas e escolares).