Saúde

Valinhos cria grupo de trabalho para prevenção da febre maculosa

A Prefeitura de Valinhos criou na última sexta-feira (10) um grupo de trabalho para planejar e implantar estratégias no município para a prevenção da febre maculosa, doença aguda grave que pode levar à morte quando não diagnosticada e tratada a tempo. A cidade tem um caso positivo da doença: um menino de 9 anos, morador do bairro Monte Verde, que se recuperou e passa bem.

A febre maculosa tem preocupado o setor de Saúde na Região Metropolitana de Campinas. São 17 mortes somente em 2018, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). O principal hospedeiro do carrapato-estrela é a capivara, que é um animal silvestre que circula livremente pelas zonas urbanas em todo o Brasil, protegido pelas leis ambientais. Dessa forma, os municípios encontram dificuldade em controlar esse tipo de problema, já que ele pode estar presente em qualquer área onde haja circulação de capivaras.

O grupo de trabalho para prevenção à febre maculosa em Valinhos é formado pelo chefe do Gabinete, Carlos Roberto Tosto; o secretário da Saúde, Nilton Tordin; o secretário de Obras e Serviços Públicos, Gerson Luís Segato; a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Maria Silvia Previtale; a diretora do Departamento de Saúde Coletiva, Carina Missaglia; o diretor do Meio Ambiente, Diego Fernandes Alarcon; e o médico veterinário Ricardo Conde Rodrigues.

Para tentar minimizar os riscos de novos casos, a Prefeitura tem adotado uma série de medidas com objetivo de conscientizar as pessoas a evitar as zonas de maior risco. Uma das ações foi ampliar para 20 o número de placas de orientação e indicação da presença de carrapato-estrela no CLT.

Foi feita também uma solicitação à Sucen (Superintendência e Controle de Endemias) para realização de nova pesquisa acarológica para verificar a incidência, os tipos de carrapatos e a presença da bactéria Rickttsia rickettsii, que transmite a febre maculosa por meio da picada do carrapato. A Prefeitura aguarda uma resposta sobre o levantamento.

Além disso, o parque foi totalmente limpo, com o corte da grama, poda de árvores e corte de mato, o que ajuda a evitar a proliferação do carrapato, mais comum no período de seca. A grama rente ao solo dificulta a proliferação dos carrapatos, pois os mesmos são sensíveis à radiação solar.

Para fortalecer essa cobertura, equipes da Divisão de Controle de Zoonoses estão realizando ainda novos monitoramentos no parque desde a última na terça-feira (7) para verificar as condições do local e toda a sinalização.

Na manhã da próxima quinta-feira (9), uma equipe de agentes de controle de endemias fará uma panfletagem no local para distribuir material que ajude na conscientização dos usuários do parque sobre os riscos da doença e as formas de prevenção.

Uma palestra com o tema “Atualização em Febre Amarela”, realizada nos dias 15 e 16 de agosto próximos, no CETS (Centro de Estudos e Treinamento em Saúde), ainda vai fornecer informações mais detalhadas aos profissionais que trabalham na área de saúde sobre riscos, transmissão e as formas de tratamento da doença.

A Secretaria de Saúde mantém um rigoroso esquema de acompanhamento de casos relacionados à febre maculosa no Município. Este ano foram notificados 34 casos suspeitos, com uma confirmação. Outros dez foram descartados e 23 aguardam resultado de exame. Em 2017 foram 69 notificações, sendo um positivo autóctone que evoluiu para óbito.

Prevenção        

As pessoas podem evitar a febre maculosa não frequentando lugares infestados por carrapatos. Na impossibilidade, deve-se proteger o corpo da melhor maneira possível e se autoexaminar em intervalos de três horas à procura de carrapatos.

Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça, dores no corpo e manchas avermelhadas na pele. Em um estágio mais avançado, septicemia, complicações pulmonares, renais, neurológicas, vasculares, desidratação, coma e óbito. O período de incubação é de dois a 14 dias.

Não se deve esperar todos os sintomas para procurar o serviço médico, basta apresentar febre, e é fundamental informar que foi picado por carrapato recentemente ou esteve em local com carrapatos. A febre maculosa tem cura, mas é importante que seja tratada a tempo, por isso a importância de informar o médico de ter sido picado por carrapato.

Segundo o médico veterinário, entre agosto e novembro há um predomínio de estágios imaturos do carrapato-estrela (ninfas) no ambiente, que é transmissor da bactéria causadora da febre maculosa. Em decorrência disso, aumenta a possibilidade de parasitismo humano, uma vez que as ninfas podem parasitar animais domésticos, animais silvestres e também os humanos. No verão predomina o carrapato adulto, que usualmente não parasita os humanos.

Os hospedeiros primários do carrapato-estrela são a capivara e o cavalo. Os demais animais também podem ser parasitados, mas contribuem pouco com a amplificação dos carrapatos. A capivara é um animal silvestre que circula livremente pelas zonas urbanas em todo o Brasil, protegido pelas leis ambientais. Dessa forma, os municípios encontram dificuldade em controlar esse tipo de problema, já que ele pode estar presente em qualquer área onde haja circulação de capivaras.

As pessoas podem evitar a febre maculosa não frequentando lugares infestados por carrapatos. Na impossibilidade, deve-se proteger o corpo da melhor maneira possível e se autoexaminar em intervalos de três horas à procura de carrapatos.

Sintomas

Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça, dores no corpo e manchas avermelhadas na pele. Em um estágio mais avançado, septicemia, complicações pulmonares, renais, neurológicas, vasculares, desidratação, coma e óbito. O período de incubação é de dois a 14 dias.

Não se deve esperar todos os sintomas para procurar o serviço médico, basta apresentar febre, e é fundamental informar que foi picado por carrapato recentemente ou esteve em local com carrapatos. A febre maculosa tem cura, mas é importante que seja tratada a tempo, por isso a importância de informar o médico de ter sido picado por carrapato.

Situação epidemiológica

A Secretaria de Saúde mantém um rigoroso esquema de acompanhamento de casos relacionados à febre maculosa no Município. Este ano foram notificados 34 casos suspeitos, com uma confirmação. Outros dez foram descartados e 23 aguardam resultado de exame. Em 2017 foram 69 notificações, sendo um positivo autóctone que evoluiu para óbito.

“A febre maculosa é uma doença grave que pode levar a morte, mas tem cura se for tratada a tempo, por isso é importante informar ao médico sobre a picada de carrapato na ocorrência de febre e dores musculares”, disse a diretora de Saúde Coletiva, Carina Missaglia. A doença é transmitida pela picada de carrapatos do gênero Amblyomma, infectado pela bactéria Rickttsia rickettsii.

 

Da redação

 

COMPARTILHE NAS REDES