Saúde
Saúde distribui folheto educativo e preservativos durante Carnaval
Carnaval é tempo de se divertir, mas também de se cuidar. Foi pensando nisso que a Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Saúde Coletiva, organizou para os foliões valinhenses a distribuição de folhetos educativos e preservativos avulsos, visando a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS) durante a maior festa popular brasileira.
A distribuição de folhetos e preservativos será promovida nas academias poliesportivas, no baile de carnaval da 3ª Idade nesta sexta-feira (9) e no sábado (10) e segunda-feira (12) nos bailes dos clubes da cidade.
A Secretaria da Saúde informa que o teste para HIV é disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde e também no Centro de Testagem e Aconselhamento, situado na Avenida Brasil, 144 no Bairro da Vila Santana. Maiores informações pelo telefone – 3829-5679 de 2ª a 6ª feira das 7h às 16h30.
“Apesar de todos os avanços no tratamento, a cura do HIV/AIDS ainda não é possível, portanto, a prevenção ainda é a melhor forma de evitar a contaminação pelo HIV e, é claro, por outras doenças sexualmente transmissíveis (DST)”, disse a diretora do Departamento de Divisão de Vigilância Epidemiológica, Claudia Maria dos Santos.
A diretora lembra que as principais medidas de prevenção são uso consistente e adequado da camisinha em todas as relações sexuais; não compartilhamento de seringas, agulhas e outros materiais perfurantes não esterilizados; testagem obrigatória de HIV e outras DST em bancos de sangue; e realização de sorologia para HIV em todas as gestantes durante o pré-natal, e em caso positivo, a realização do tratamento adequado, o qual reduz drasticamente a transmissão do HIV da mãe para o filho.
A transmissão do HIV ocorre através de relações sexuais desprotegidas, sejam elas vaginais, anais ou orais; transfusão de sangue e derivados contaminados; compartilhamento de seringas, agulhas e instrumentos perfurantes contaminados; e através de mãe para filho durante a gestação, no parto e no período de amamentação. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito através da sorologia, que é a detecção de anticorpos contra o vírus em amostra de sangue, sendo necessário coleta de duas amostras diferentes para a confirmação do resultado.
A pessoa infectada pelo HIV pode ficar sem apresentar qualquer sintoma por um longo tempo, em média de três a sete anos. Este período representa a fase silenciosa da infecção, onde o vírus diminui lentamente a defesa da pessoa. A partir do momento em que a imunidade da pessoa encontra-se gravemente comprometida podem surgir os primeiros sinais e sintomas, os quais não aparecem da mesma forma em todos nós.
As manifestações iniciais são geralmente inespecíficas e podem ser semelhantes a outras doenças. São exemplos destas manifestações: febre persistente; emagrecimento; calafrios; manchas na pele; e ínguas no pescoço, axilas e virilhas. Com a queda ainda mais acentuada da defesa, a pessoa torna-se vulnerável as outras infecções pouco comuns e graves, as chamadas doenças oportunistas, como por exemplo: toxoplasmose cerebral, meningite por fungos, candidíase (“sapinho”) na boca e no esôfago, formas graves de tuberculose, pneumonias graves, alguns tipos de câncer, entre outras. O aparecimento destes sintomas e/ou doenças caracterizam a AIDS. É importante ressaltar que o HIV pode ser transmitido em todas as fases da infecção, mesmo quando a pessoa apresenta-se sem sintomas.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de HIV/AIDS era quase uma sentença de morte. Entretanto esta situação mudou muito após o desenvolvimento das medicações antiretrovirais, mais conhecidas como coquetel. Estas medicações agem em vários pontos da multiplicação do vírus impedindo sua reprodução, o que permite a recuperação da imunidade da pessoa. Isto resulta no desaparecimento dos sintomas e do risco de desenvolver as doenças oportunistas. Atualmente no Brasil, o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente os antiretrovirais e o resultado depende do uso correto e contínuo do tratamento.