Valinhos

Sindicato do Papelão faz panfletagem na entrada da WestRock

Luiz Felipe Leite
Repórter

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Artefatos de Papel e Papelão, Cortiça, Aparas e Papel e Papelão, Embaladora em Papelão de Valinhos e Amparo começou a se movimentar em relação à saída da WestRock de Valinhos. Representantes do sindicato fizeram panfletagem na entrada da fábrica na última segunda-feira, 16.

A reportagem da Folha de Valinhos esteve no local e teve acesso a um dos panfletos, onde o sindicato reafirmou que, assim como adiantado pelo jornal na edição impressa de 14 de outubro, é contra a transferência da antiga Rigesa para Porto Feliz, prevista para acontecer no 2° trimestre de 2019. No mesmo papel, distribuído também em outras partes da cidade, o sindicato nega que existam negociações para um PDV (Programa de Demissão Voluntária) na WestRock.

Segundo o presidente do sindicato, Antônio Roberto do Valle (mais conhecido como Morungaba), o foco do grupo neste primeiro momento é a campanha salarial para 2018. “Conseguimos aprovar junto à WestRock um PPL (Plano de Participação dos Lucros) no valor de R$ 4009,50 para todos os funcionários. É um valor recorde. Agora iremos nos concentrar nas convenções coletivas. Porém não esqueceremos da questão da saída da empresa. É algo que estamos tratando em paralelo”, afirmou.

Ainda de acordo com Morungaba, a empresa enviou ao sindicato uma carta no último dia 11 de outubro, com respostas a questionamentos do sindicato sobre o fim das operações da antiga Rigesa em Valinhos. “Eles só nos enviaram essa carta depois de quase um mês do anúncio da saída deles. O sindicato foi deixado de lado nesse sentido. Vamos avaliar a carta e seu conteúdo. O que posso garantir é que os direitos dos trabalhadores não serão desrespeitados”, disse.

Saída
A fabricante de embalagens de papelão WestRock, antiga Rigesa, anunciou no último dia 18 de setembro  o encerramento das operações da empresa em Valinhos. O fim das atividades está previsto para acontecer no segundo trimestre de 2019. A unidade valinhense, criada em 1943, permanecerá aberta até a inauguração de uma nova unidade, em Porto Feliz-SP.

A empresa, por meio da assessoria de imprensa, informou que o motivo para o encerramento das atividades está relacionado à falta de condições que permitam o crescimento sustentável da unidade para atender o mercado crescente na região. “O encerramento das atividades da empresa em Valinhos se deve exclusivamente em virtude da configuração e da estrutura física antigas da unidade, aliadas à inviabilidade de expansão física e às dificuldades logísticas que, juntas, levam a um alto custo fixo da unidade, o qual se agravou com a crise econômica do país e a impossibilidade de crescer de forma rentável e sustentável para acompanhar o importante mercado do Sudeste”, afirmou a companhia.

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