Valinhos

Recuperação da economia amplia usuários de planos de saúde

Da redação

Valinhos está no grupo das quatro únicas cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que tiveram aumento no número de usuários de planos de saúde privados nos três últimos trimestres consecutivos, de julho de 2017 a março de 2018. Os dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados trimestralmente, e revelam uma recuperação social de pessoas que tinham deixado de usar planos privados por terem perdido seus empregos formais.
Em Valinhos, eram 64.869 usuários contratados em julho de 2017. NO final de março esse número saltou para 65.421, com 552 novos beneficiários formais. Os municípios de Itatiba, Nova Odessa e Sumaré também conseguiram o mesmo resultado.
Em relação ao período entre janeiro e março de 2018, o total de beneficiários dos planos privados teve aumento em 14 das 20 cidades da RMC.  Ou seja, 7,3 mil contratos foram formalizados nos municípios no primeiro trimestre do ano. Ao todo, a RMC possui agora 1,36 milhão de usuários de planos de saúde.
As estatísticas consideram, para efeito do levantamento, apenas o titular do plano de saúde. Assim, ele pode ter mais pessoas vinculadas como dependentes, segundo a ANS, o que ampliaria o total de usuários na região.
As cidades com alta específica no primeiro trimestre de 2018 foram Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Ao contrário, houve queda em Americana, Jaguariúna, Morungaba, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste e Santo Antônio de Posse.
Campinas, que é a maior cidade da região, teve o resultado mais significativo, com 3,2 mil novos beneficiários. A maior queda foi registrada em Americana, onde 623 deixaram de contar com serviços, informou a ANS.
Em entrevista ao site G1, do sistema Globo.com, o economista Roberto Brito de Carvalho, ligado à PUC-Campinas, afirmou que o aumento de adesões aos planos de saúde é reflexo do crescimento dos índices de emprego formal nas regiões de Campinas e Piracicaba. Segundo ele, o resultado foi puxado pelos setores de indústria e serviços. “Embora a retomada seja lenta, ela é importante para este mercado da saúde suplementar. Boa parte das grandes empresas consegue fornecer o benefício do plano aos funcionários, e esse também é um serviço que as famílias buscam fazer aquisição", disse.
"Há uma forte correlação com o emprego, há algumas indústrias que estão resgatando as contratações, enquanto outras não fizeram tanto e sofreram menos os efeitos da crise, por isso a diferença", explica.
Empregos
Valinhos ficou em segundo lugar em geração de emprego no mês de março entre as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado no último dia 20, pelo Ministério do Trabalho.
Foram criados no município 550 postos de trabalho com carteira assinada, o que representa um aumento de 1,26% em relação ao mês de fevereiro. O município ficou atrás de Campinas, que abriu 581 vagas, e à frente de Vinhedo, onde foram criados 289 empregos.
De acordo com o Caged, no mês de março foram admitidas no município 1.819 pessoas e desligadas 1.269. Os setores que mais contribuíram para os números positivos foram os de serviços, com 404 vagas abertas, e da indústria, que empregou 145 pessoas. O comércio ficou na terceira posição com 20 postos de trabalho criados. A construção civil teve números negativos, fechou 18 vagas.
No trimestre de 2018 o saldo de emprego no município também foi positivo. Foram admitidas 4.856 pessoas e desligadas 3.912, com a abertura de 944 vagas. O setor de serviços também liderou com a abertura de 672 vagas. A indústria de transformação ficou em segundo lugar, com 354 postos criados. Já no setor de serviços industriais de utilidade pública foram abertas 20 vagas. A construção civil também ficou negativa no período, com o fechamento de 62 vagas.

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