Na última sexta-feira (20), o Centro da Juventude ‘Elisa Amélia Franco’, no N. R. ‘Afonso Zupardo’ sediou a primeira etapa de um projeto-piloto desenvolvido pela Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Renda. O objetivo é capacitar pessoas não só a realizarem uma determinada função, mas também a se organizarem formalmente ou a buscarem uma recolocação no mercado de trabalho.

Os participantes dessa primeira etapa estão vinculados aos diferentes programas que são ofertados através dos CRAS, CREAS, Casa Abrigo Municipal e ONG Irmão de Rua. 26 inscritos finalizaram a primeira semana de capacitação, que focou a transformação de garrafas pet em vassouras para uso doméstico e escovões de múltiplo uso, tanto industrial como para limpeza de espaços públicos.

"O projeto é muito interessante porque trabalha uma capacitação prática, que nesse caso foi a fabricação das vassouras com garrafas pet, mas que poderia também ser qualquer outro produto. Também vale ressaltar que se desenvolve todo um processo empreendedor, na formação de Grupos Produtivos, que tem a missão de trabalhar o desenvolvimento pessoal e em grupo dos participantes", comentou Elizabet Tsumura, Secretária de Ação Social, Trabalho e Renda.

Os encontros acontecerão ao menos até dezembro, para o aperfeiçoamento teórico e a produção propriamente dita, com o acompanhamento pelos profissionais dos CRAS e CREAS. A divulgação foi realizada nos próprios Centros Comunitários, onde os usuários receberam informações sobre projeto-piloto, bem como os critérios, funcionamento e a importância da disponibilidade e do comprometimento com a oportunidade.

PRIMEIRO PASSO

A transformação de garrafas pet em vassouras é uma prática bem-sucedida em outros municípios, dada a experiência de vários anos do professor Alvair Edson da Silveira, que a mais de uma década vem disseminando esta habilitação em diversas instituições sociais, por vários estados do Brasil.

"Eu tenho certeza que esse é um projeto que vai dar certo. Os alunos foram muito dedicados, eles mesmos comentaram que já fizeram outros cursos e que esse foi o que mais gostaram até hoje, que darão continuidade. Eles demonstraram boa vontade em aprender, e aprenderam muito durante esta primeira semana do Curso. Agora, quanto a produção e desenvolvimento, acontece de acordo com o tempo, quanto mais eles praticarem, mais desenvolverão a prática dos trabalhos e manuseio dos equipamentos, que são todos manuais, isso exige bastante prática e experiência", explicou o professor Alvair.

IMPACTO AMBIENTAL

O projeto poderá causar não apenas um impacto social, como também seu reflexo será perceptível no meio ambiente, pois, com a implantação, serão criadas condições para tirar da natureza um produto plástico que levaria até 450 anos para completar a decomposição.

Garrafas pet descartadas incorretamente podem ainda acarretar mais danos como o aumento da poluição nas ruas, rios, lagos e causar a morte de aves e mamíferos, que podem morrer por conta do material – seja enroscando seus bicos ou outra parte do corpo na garrafa, ou até mesmo ao confundirem papéis de bala ou sacos plásticos com alimentos.

"Ações simples e importantes como essas, podem minimizar os impactos ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que gera atividade remunerável para os envolvidos. Está aí uma boa ação! O meio ambiente agradece!" ressaltou a Secretária de Meio Ambiente e Agricultura Eng. Agrônoma Dorothéa Monteiro.

Da Redação